O novo Coronavírus chegou ao Brasil em fevereiro de 2020 modificando, drasticamente, nossas rotinas e hábitos! Dentre outros espaços de intensas aglomerações, as salas de aula foram os primeiros alvos dos protocolos de saúde para conter a pandemia! A medida de proteção a alunos e professores foi o esvaziamento desses espaços, principal protocolo preconizado pela Organização Mundial de Saúde para evitar aglomerações e cumprir o distanciamento social, tão necessário para desacelerar a propagação do vírus.
Na era pandêmica, vislumbramos a emergência da Educação 4.0, isto é, a revolução da internet e da era digital em que os sistemas de gestão escolar, professores e técnicos pedagógicos necessitam passar por um processo de revitalização digital, a fim de apropriarem-se do uso de tais ferramentas para uso presencial ou no Ensino Remoto.
Nesse novo cenário, as salas de aulas foram substituídas pelas salas de nossas casas e apartamentos! As aulas presenciais cederam lugar ao Ensino Remoto Emergencial e de uma hora para outra, o quadro branco cedeu lugar à tela do computador, e nos vimos imersos em meio às plataformas digitais que desafiavam a distância e nos impeliram à inovação de nossas aulas de Biologia, de tal modo que, na tentativa de estar mais próximos de nossos alunos, o ensino e a aprendizagem na era pandêmica, passou a ser o foco central de nossas investidas em tempos em que nosso inimigo invisível – o vírus – nos colocou na posição de reclusão e trabalhos home office.
As plataformas digitais configuram-se nas principais aliadas do professor em tempos de pandemia. Elas são as “sinapses” que facilitam nossa aproximação e comunicação com os alunos, a partir da interação nas aulas por salas de vídeo conferência, via Google Meet, via Zoom em que o professor compartilha na tela as aulas organizadas sob a forma de power point, enquetes ou pelo chat ou bate-papo, espaço em que o aluno pode interagir a partir de suas dúvidas sobre o conteúdo ministrado.
O professor também tem à disposição outras plataformas de aprendizagem -baseadas em jogos – muito usadas como tecnologias educacionais em instituições de ensino, tais como o Kahoot ou em formato Quiz, sendo que este último consiste em questionários de perguntas em que os jogadores tentam responder as questões propostas, dentre outros jogos.
Além dos jogos, há também inúmeras outras plataformas digitais, que facilitam a comunicação do professor com seus respectivos alunos. As mais conhecidas e largamente utilizadas no ensino remoto são o Google Classroom ou Google Sala de Aula e a Microsoft Teams com uma infinidade de ferramentas que permitem a interação professor e alunos, a partir de espaços para postagens de mensagens (murais), criação de atividades e provas a partir do Google Formulário, além do envio de materiais em anexo, bem como recebimentos de trabalhos, comentários avaliativos sobre a atividade proposta, etc.
Entretanto, na era pandêmica em que o Ensino Remoto Emergencial ancorou-se nas plataformas digitais – de forma inexorável- não podemos perder de vista que nada substitui a interação presencial do professor e alunos no espaço tão peculiar que é a nossa sala de aula.